Imagine a seguinte situação: uma mulher está doente, e necessita um medicamento que o marido não pode pagar. Ele vai à farmácia e implora ao farmacêutico que vendesse o remédio a um preço mais baixo. Diante da
recusa, ele decide roubar o medicamento.

O que você acha da atitude do homem? Concorda ou não? Qual a justificativa para sua resposta?

Com dilemas como esse o psicólogo americano Lawrence Kohlberg estudou sobre julgamento moral. Em seus estudos, percebeu que, para esse tipo de questão, as mais diversas respostas eram defendidas, mas puderam
ser agrupadas em 3 grupos:

Primeiro: quando a decisão somente engloba o lado individual; o risco de punição que a pessoa pode ter.

No caso acima, é justificar que ele não deveria roubar, pois pode ser preso.
No dia a dia, esse nível pode ser observado em uma criança, que decide não fazer algo errado (comer um chocolate antes do almoço), para não levar uma bronca da mãe.

Segundo: quando a pessoa já reconhece a noção de autoridade, que já se preocupa em ter seu comportamento aprovado ou não pelos outros, tem a noção de justo e injusto.

No caso acima, é dizer que o homem deveria roubar, pois o seu objetivoé nobre, e o farmacêutico foi injusto.
No dia a dia, tem-se o caso de um adolescente que não irá sair escondido para ir a uma festa, mesmo que os pais  estejam viajando, pois respeita a autoridade deles.

Terceiro: quando se toma a decisão com base em princípios morais elevados, com preocupação com a sociedade e ética.

No caso acima, é considerar que a pessoa tem justificativa para sua ação, pois a vida humana está acima de ganhos financeiros.
No dia a dia, é o caso de uma pessoa que somente utiliza produtos que não causem mal ao meio ambiente, mesmo que sejam mais caros ou menos facilitadores de sua rotina, pois contribui com sua parte para a sustentabilidade
do planeta.
Diante de cada dilema, não há uma resposta certa ou errada, e sim, a forma como cada pessoa defende suas ideias.
Os princípios morais se estendem pela sociedade devido a suas raízes culturais e éticas, e são incorporados pela influência familiar, dos amigos, escola, dentre tantos fatores. Mas esses princípios, diante de situações reais, podem se tornar um dilema: você escolhe roubar e salvar a vida de um familiar, ou procurar outros meios de conseguir o dinheiro, arriscando a vida da pessoa querida?
Por colocar seus próprios valores em conflito, muitas vezes dilemas podem levar a muito sofrimento, e buscar ajuda profissional pode ser uma necessidade. Fique atento para avaliar se esse é ou não seu caso.

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